O grande charme do dinheiro está no fato de ele raramente se mostrar claramente como o vilão da história. Se falta dinheiro para um jantar romântico, o problema percebido é a falta de romantismo; se falta dinheiro para renovar o guarda-roupa, o problema percebido é o desleixo; se falta dinheiro para levar as crianças ao parque, o problema percebido é a falta de carinho. Todos culpados disfarçados de um erro comum: falta de habilidade em lidar com o dinheiro ou de torná-lo suficiente.
Por outro lado, quando a renda do casal é maior, raramente os dois chegam a um acordo sobre os hábitos de consumo de um e de outro e sobre a melhor maneira de administrar as finanças, o que também origina conflitos. Um reclama dos hábitos perdulários do outro, que, por sua vez, acha que muitas conquistas do casal estão sendo adiadas em razão dos desperdícios do parceiro. E os motivos para conflitos e discussões explosivas vão se acumulando.
Uma vida a dois planejada e com objetivos é mais feliz. Tenho constatado isso nos depoimentos que recebo de leitores que conseguiram administrar bem suas finanças ao longo dos anos e hoje desfrutam de uma vida sem privações. Também tenho ouvido, consternado, pessoas com certa idade confessarem que, se tivessem aprendido no passado algumas simples lições sobre a administração de seu patrimônio, hoje teriam uma vida mais folgada financeiramente.
Dependendo do perfil financeiro de cada um de vocês dois, o relacionamento pode ter tudo para dar certo – inclusive financeiramente – ou tudo para ser uma verdadeira bomba-relógio. É preciso aprender a lidar com o perfil de seu parceiro e criar condições para que os sonhos sejam conquistados e comemorados a dois, sempre.
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